3 ideias para formares team leaders que inspiram as suas equipas
Já deves ter ouvido dizer cem mil vezes que a maioria dos colaboradores que procuram outro emprego não o fazem para mudar de empresa ou de trabalho, mas sim para mudar de chefe. As relações interpessoais dentro das equipas são uma componente essencial do dia-a-dia de uma empresa, algo que parece quase impossível no contexto atual.
Até podes ter uma empresa líder no seu setor de mercado, com vendas a crescer e um futuro animador. Mas isso não garante que os colaboradores se sintam envolvidos, se tiverem de lidar diariamente com um Team Leader sem o perfil adequado.
1. Promove a diferença entre SER CHEFE e SER LÍDER
Não é pouco frequente que o Team Leader que se senta na secretária ao lado da tua se comporte como um oficial intermédio do exército: um capitão ou um sargento. O capitão dá ordens e assegura que elas são cumpridas; ouve atentamente as ordens que recebe do general e faz os possíveis por cumpri-las. Quaisquer outras considerações pouco importam.
Não vale a pena chamá-lo de Team Leader se ele se comporta como um chefe. Já todos vimos passar, na Internet, memes com as diferenças entre ser um chefe e ser um líder. É muito mais fácil chefiar pela ordem do que liderar pelo exemplo, pelo acompanhamento e pelo espírito de grupo.
Como sempre, a escolha é sempre nossa: sermos o exemplo de líder que nós próprios gostássemos de ter tido ou sermos o chefe que, na maioria das vezes, o “sistema” nos ensinou a ser.
2. Cria verdadeiros líderes e não “bonecos”
A ideia de “criar” um líder nem sempre é bem recebida. Algumas pessoas sentem que o suposto “líder” apenas tentou interiorizar alguns comportamentos e atitudes, de forma teórica e automática, mas que não lhe saem naturalmente.
Por vezes, é o próprio líder que acena que sim com a cabeça às instruções que recebe neste sentido. Por exemplo, modificando ligeiramente a linguagem. Em vez de dizer aos membros da sua equipa “vocês não perceberam nada”, passa a dizer “não fui claro, deixem-me clarificar”. Mas, no essencial, o estilo de chefia permanece.
Ser um bom líder não passa por adotar uma personagem, encorpando um “boneco”. As pessoas da tua equipa não querem máquinas programadas pelas boas práticas de Gestão de Recursos Humanos. A autenticidade, a congruência e a consistência constituem o ABC fundamental para que “as tuas pessoas” se identifiquem com o seu Team Leader.
3. Mantém a “porta aberta” q. b.
As opiniões divergem quanto à política da porta aberta. Há quem recomende ter sempre a “porta aberta” para que os Team Leaders coloquem questões sempre que se sentirem inseguros e se possam aconselhar contigo.
No meu caso específico, mantenho a porta fisicamente fechada porque me concentro melhor assim e convido a minha equipa a vir ter comigo quando necessário. Agora, quando necessário não é sempre que se funde uma lâmpada. É quando a equipa sente que eu sou a melhor pessoa que pode de facto ajudar.
Nem sempre foi assim – na era da microgestão na SMARTIDIOM, a porta estava sempre aberta… e o resultado não foi bem o que esperava: eu era a primeira pessoa para quem toda a gente corria em toda e qualquer circunstância. Eu era aquela que apertava os parafusos, apesar de haver muitas outras pessoas que sabiam resolver as coisas até melhor do que eu.
Agora, esforço-me para que as pessoas tenham autonomia para decidir antes de mais. Acho que o que é importante é que nós, líderes, tenhamos sempre um canal aberto para os nossos Team Leaders nos trazerem questões não operacionais porque as melhores pessoas para resolver as questões operacionais são elas próprias.
E já que falamos em autonomia, dá uma espreitadela no meu primeiro episódio da série FAZ VALER A PENA em que falo especificamente do problema da MICROGESTÃO NAS EMPRESAS:
O que tens a dizer sobre tudo isto? Partilha comigo a tua visão e a tua experiência. Até ao próximo artigo!